Joumana começa todos os capítulos com “Uma Mulher Árabe” para demonstrar que há muitas possibilidades, mulheres fazendo a diferença e abrindo caminhos e mentes, mostrando que é possível ser...
Neste capítulo Joumana conta como foi o processo gradual de sua liberdade de expressão diante da sua comprovada liberdade de pensamento. Fazer ambos se sintonizarem foi um processo longo dentro da realidade árabe, não era só uma questão de escrever e pronto, era preciso ter forças para enfrentar muito mais que somente criticas, falar em árabe de suas idéias pode significa estar exposto para muito mais do que venha a imaginar que é possível, e assim foi com Joumana.
As publicações de Joumana durante anos foram em francês e fora do país, mas com o tempo ela se sentiu enganando e enganada ao fazer uso de metáforas em suas poesias eróticas, e não escrever em sua língua pátria. Quando resolveu escrever em árabe ela solucionou três questões que a incomodavam: a publicidade de seus escritos em árabe, a visibilidade de uma mulher escrevendo sobre este tema e o fim das “metáforas eróticas”. Ela fala, explica e cita em várias páginas a questão do corpo ser o seu objeto de inspiração e o motivo de preferir usar os termos reais, mas só lendo o livro para saber...
Os problemas de Joumana nesta área não foram pequenos, pois recebeu críticas de pessoas públicas, mas o pior de tudo era novamente o peso da palavra diferenciando homens e mulheres, ser “ousada” no mundo árabe é um termo pejorativo para uma mulher, mistura a idéia de censura, marginalização e desconfiança, ao mesmo tempo que relacionado ao homem tem um peso instigador, indo além.
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