29 dezembro 2011

P/ LEITURA: "Les danseuses du Caire" ­ - “The Belly Dancers of Cairo”

Pois é...chegamos ao final do ano de 2011, e começamos a pensar nas coisas, algumas vezes rimos, outras nos indignamos por termos sido inocente, outras ficamos irritados com uma chance que passou, enfim... é a vida, e é assim que acontece todos os anos, pois escolhemos, erramos, acertamos e seguimos a vida.

Na minha avaliação da minha face de dançarina do ventre, o balanço foi bom, descobri meu jeito, meu estilo, meu gosto, então tá bem legal, e dancei muito. Obrigada 2011!!!!

Estava na busca de um link da Dina, do seu livro biografia, e acabei por encontrar este artigo no site da Luna of Cairo.

"Les danseuses du Caire" ­ - “The Belly Dancers of Cairo” (em inglês)
http://kissesfromkairo.blogspot.com/2011/06/les-danseuses-du-caire-belly-dancers-of.html


Ao ler este artigo sobre coisas que podem acontecer a uma dançarina de dança do ventre no Cairo, soa tão estranho e absurdo quanto dentro de contexto da realidade de um país que está lutando para sair de uma ditadura, tem questões religiosas fortes misturadas ou não ao Estado ditador, ao mesmo tempo que seus homens e mulheres buscam liberdade, condições melhores de vida em igualdade na praça principal do Cairo lutando contra os apoiadores do regime.

Série - Bailarinas vivendo no Cairo , cap. 1 - Introdução

Resolvi fazer esta série de artigos porque neste ano de 2011 comecei a me dedicar especialmente e mais enfaticamente ao estudos de todo o video, leitura de artigo e informação sobre a dança árabe. e dipo o porque...

Me lembro de que quando comecei a adentrar na realidade da dança do ventre, me foi apresentado de início muito mais a dança do ventre via Bellydance superstar do que as bailarinas egipcias e de estilo egipcio, ou oriental propiamente dito. aos poucos fui adentrando nestada dança egipcia e logo de cara nas minhas busca na net, pois disponibilizei toda a miinha perícia de "rato de internet" à dança do ventre e eis que dou de cara dos duas nuanmces de bailarinas: Souheir Zaki e Dina.

Voce pode até pensar que por ambas terem um estilo tão diferente tive que optar, ou escolher por isto ou aquilo, e na verdade me encantei com as duas. Souhair com a sua leveza única  e Dina com a sua força arrebatadora.

Aí nas minhas buscas não demorou para eu achar a FiFi Abdo, Azza Sharif, Randa Kamel, Orit Maftsir (Israel) e tantas outras dançarinas do ventre de outrora e atuais, assim como os festivais e eventos de dança por lá, o Youtube é um bom lugar para encontrar a realidade da dança do ventre no mundo e vape a pena pesquisar...

25 dezembro 2011

P/ LEITURA: Ventre da Dança: Ma liberté de danser - Prefácio

Ventre da Dança: Ma liberté de danser - Prefácio: Gente, como eu ando enrolada, mas não quero deixar o blog sem atividade, vou fazer algo que as meninas que foram na minha palestra no início...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Ma liberté de danser - Prefácio

Gente, como eu ando enrolada, mas não quero deixar o blog sem atividade, vou fazer algo que as meninas que foram na minha palestra no início de dezembro pediram: vou colocar o material da palestra aqui :-)

Mas vou colocar aos poucos, até pra não enjoar, ok? Então, farei o seguinte, a cada 15 dias vai sair um resumo de cada capítulo do livro, junto com a pesquisa que eu fiz por fora, tanto da história da Dina quanto da história do Egito e de outras bailarinas também. Também separei alguns trechos do livro e traduzi para ilustrar.

Então, para começar eu traduzi todo o prefácio, que é muito lindo!

Com vocês, Ma liberté de danser!



PREFÁCIO
Dina, a última bailarina

Existem tantos Egitos... aquele das rochas, da eternidade faraônica, dos templos e das pirâmides. Aquele das areias, dos desertos cor de ocre, das redondas dunas. Aquele do Nilo, com suas paisagens inalteradas há séculos, seus camponeses em roupas brancas curvados sobre os campos de cana de açúcar.

Também existe o Egito dos mitos. Aquele dos deuses e deusas, dos faraós e suas rainhas, cuja graça e elegância enfeitiçam ainda as paredes dos monumentos que mais de 15 milhões de turistas visitam por ano. Mas, cada noite, do Cairo à Assuã, da costa de Alexandria até a beira do rio em Luxor, esses turistas estão também a procura de uma outra lenda: aquela da bailarina de dança do ventre, mulher absoluta, sedutora e feiticeira.

Esse mito, com o qual cruzei numa noite de abril. Uma dessas noites que o Cairo adora prolongar nos cinemas, restaurantes e cafés. Para o viajante, o estrangeiro de passagem, que não conhece esse país, essas noites são uma oportunidade de mergulhar em uma das realidades do país, longe dos batidos clichês turísticos. É preciso ir até a beira do Nilo, para ver o rio pontilhado por uma guirlanda brilhante de barcos, onde famílias inteiras vadiam, jovens e velhos juntos numa alegre corrente humana nas bordas dos navios. É preciso ir aos teatros, onde a boa sociedade cairota se aperta para aplaudir os grandes atores, cujas atuações são comentadas nas colunas dos jornais de Argel até Damasco. Ao mesmo tempo, no centro da cidade, certos cafés recebem escritores e intelectuais, que ficam por horas nos seus salões, no meio da fumaça dos cigarros e do vapor quente das taças dos chás perfumados com menta. Nessas noites, o Cairo lembra a sua gêmea imaginária, a capital das mil e uma noites, dos mil e um prazeres.

23 dezembro 2011

HUMOR: Diário do Egipto: Notícias do Egipto.O caso dos ladrões ale...

Fonte: Diário do Egipto:
Notícias do Egipto.

O caso dos ladrões ale...
: Notícias do Egipto. O caso dos ladrões alexandrinos que mereciam um Óscar de Hollywood. Se há qualidade que não falta aos egípcio...

Thursday, December 22, 2011





Notícias do Egipto.






O caso dos ladrões alexandrinos que mereciam um Óscar de Hollywood.


Se há qualidade que não falta aos egípcios é a IMAGINAÇÃO e uma capacidade assustadora para REPRESENTAR de forma tão convincente que deixaria o Anthony Hopkins e a Meryl Streep desempregados, caso competissem com os egípcios nas lides teatrais.




O carácter neptuniano deste povo, com seus enlevos mentais, divagações poéticas, extremismos românticos, amor pela evasão e pelo sonho têm muito que se lhe diga.

O sentido de humor é outra arma de sobrevivência deste povo que tem, para não enlouquecer totalmente, de rir-se das maiores barbaridades e até do sofrimento.
Saiu nos jornais, há cerca de uma semana atrás, a notícia de um par de ladrões de Alexandria que roubaram um táxi da seguinte maneira:

Um taxista fazia a sua ronda pela cidade (numa zona permeada por cemitérios islâmicos), buscando potenciais clientes. Entrou um homem para o veículo, indicando onde pretendia ir. Poucos metros depois deste primeiro cliente ter entrado, outro homem mandou parar o táxi pedindo a mesma direcção do cliente que já se encontrava dentro do táxi.
No Egipto, é comum um mesmo táxi levar um ou mais clientes simultaneamente, se os seus destinos pretendidos forem idênticos ou ficarem na direcção um do outro.

O taxista parou o veículo para recorrer o segundo potencial cliente e perguntou ao primeiro se este se importava que levassem outra pessoa, visto que ambos se dirigiam para a mesma zona.

O cliente original, sentadinho que nem um anjo no banco de trás do carro, sorriu docemente e disse que não, não se importava nada, que deixasse lá entrar o homem que eram todos compatriotas e amigos e coisa e tal.

Postos a caminho, o taxista comentou com o segundo cliente que teria de levar o senhor do banco de trás ao seu destino e que depois seguiriam para o local onde ele queria ir. Teriam de dar prioridade a quem entrou primeiro no táxi, como manda o código cortês dos taxistas egípcios.

21 dezembro 2011

P/ LEITURA: Ventre da Dança: Ma liberté de danser

Ventre da Dança: Ma liberté de danser: Por Lalitha Quem conhece meus outros blogs (é só ver aí do lado rsrsrsrs) sabe que sou viciada em livros. Viciada em níveis quase doentio...

terça-feira, 13 de setembro de 2011


Ma liberté de danser

Por Lalitha


Quem conhece meus outros blogs (é só ver aí do lado rsrsrsrs) sabe que sou viciada em livros. Viciada em níveis quase doentios. Mas de vez em quando esse vício rende frutos excepcionais, e um exemplo disso é o livro da bailarina egípcia Dina, que foi lançado esse ano na França.

Você leu certo, a musa inspiradora de muitas bailarinas no mundo inteiro lançou um livro! Auto biográfico! Com ajuda de uma repórter francesa, claro, também não é para tanto.

Fiquei namorando o bendito livro por um mês na Amazon francesa, até chegar a conclusão que não dava para não comprar, e aí arranjei uma bela desculpa para comprar 20 livros (divididos entre a Amazon americana e francesa, veja bem), desses a maioria fala sobre a dança do ventre ou sobre o mundo árabe... mundo civilizado é outra coisa!

Pois bem, o livro da Dina é MUITO LEGAL! Além de ser escrito na primeira pessoa, com ela contando para você como foi a vida dela até hoje, inclui impressões de primeira mão sobre como a relação do povo egípcio com a dança do ventre foi mudando nos últimos 20, 30 anos. Em outras palavras, ainda por cima é uma bela aula de história e de cultura! Podia pedir mais?

Então, como o livro por enquanto só está disponível em francês (mais fresquinho do que isso impossível!!!!), vou dar uma ideia do que vocês podem encontrar na história da Dina, mas sem spoiler, porque acho sacanagem. Ela passa por todos os momentos marcantes da sua própria vida, o que é bem interessante, afinal todas querem saber como foi que ela começou a dançar, não é? Onde ela aprendeu, com quem, se teve problemas com a família por conta da sua escolha... está tudo lá! De quebra ela descreve como é o seu dia a dia de diva no Egito! Uma ralação só... fiquei impressionada. Passa pelo nascimento do filho dela (a descrição do parto é ótima! Melhor propaganda da dança do ventre que já li), pelos casamentos mais importantes (inclusive a morte de um marido) e pelo escândalo em que ela foi envolvida e que aqui no Brasil quase ninguém ouviu falar.

De lambuja, ela comenta e explica porque nos vídeos antigos você vê todas as mulheres assistindo aos shows de dança do ventre descobertas, usando decote e cabelos da moda (da época, pelo amor de deus, o que é aquilo!), mas nos vídeos mais contemporâneos você conta nos dedos (isso quando você encontra) as mulheres que não estão usando véu. Pura aula de história e antropologia!