23 novembro 2013

Cheik anta Diop: Meu herói político, científico e histórico



Levantei hoje 4h da manhã na intenção de escrever, mas até as 6h não escrevi nada, só pensei, só li, só avaliei e então resolvi escrever - Sobre o meu objetivo inicial? Não, a escrita foi outra, mas me trouxe novas visões e assim tinha que ser, quem sabe...

Meu herói político, científico e histórico é um senegalês incrível, o homem é uma das mentes brilhantes do século XX, mas como negro é ignorada, reconhecido por muitos, mas fora da história do mundo. Se tivesse que identificá-lo entre as mentes mais importantes e revolucionárias do século, colocaria-o uns degrau acima de Einstein. Diop foi Químico, Físico, Antropólogo, Egiptólogo, Linguista, Historiador, Sociólogo e Filósofo - imagine uma pessoa falar no mínimo 10 dialetos africanos e ainda inglês e francês?
Cheik Anta Diop abrindo caminhos no estudo com carbono

Traduziu a teoria da relatividade de Einstein para o Wolof, sua língua nativa.

17 novembro 2013

No início do caminho...


Este é um dos primeiros vídeos que assisti quando comecei, finalmente, a fazer dançar...
Por um tempo o perdi de vista num outro link removido, mas sempre há alguém em algum lugar disposto a guardar uma grata e linda lembrança.
A bailarina se chama Gaby Ludwig.




 

E o caminho continua a se escrever....



10 novembro 2013

Poema, por Hafiz






"Aprendi tanto com Deus
Que não posso mais chamar-me
Cristão, Hindu, Muçulmano, Budista ou Judeu.
A Verdade partilhou tanto comigo sobre Ela mesma
Que não posso mais chamar-me
Homem, mulher, anjo ou mesmo Alma pura.
O Amor uniu-se a Hafiz tão completamente
Que reduziu a cinzas e libertou-me
De todos os conceitos e imagens
Que a minha mente alguma vez conheceu."
~ Hafiz

09 novembro 2013

MEMEs das PROMOS EXTRA - Utilizem à vontade !!!!!!

E aí Extra??!!!

Vai ou não vai resolver???!!! 
Já vi outras reclamações e nada!!!!!

Meu pai quer uma solução...
E os créditos desperdiçados no SMS já eram, que legal!!!!












03 novembro 2013

Arabescos - Escritos da Vida


Arabescos - Adoro, adoro e adoro. 
Dá um ar curioso...





01 novembro 2013

Conto: Aí pelas Três da Tarde

Belo conto escrito por Raduan Nassar, escritor brasileiro, filho de imigrantes libaneses.
o próximo a aparecer aqui será meu...

Aí pelas Três da Tarde
(para José Carlos Abbate)


Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em idéias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pêlo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assume em seguida no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado) e se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá ao fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo. 


Texto extraído do livro “Menina a caminho”, SP: Companhia das Letras, 1997. pág.71.