04 março 2012

Cap. 5 - Livro "Eu Matei Sherazade" - Uma Mulher árabe redefine o que é ser mulher


E chegamos ao cap. 5 do livro da Joumana onde ela debate o que é ser uma mulher, uma mulher árabe na sociedade, diante da família, diante do mercado de trabalho, diante das pressões cotidianas da vida de uma mulher.

No início do capítulo a autora faz um apanhado de comparações sobre a sua vida no trabalho e situações do cotidiano de uma mulher, mostrando que é possível balancear as realidades sem achar uma futilidade ser mulher: alimentar a vaidade com um bom creme não é crime, assim como a nossa mente e alma com um bom livro ou o debate sobre um tema de trabalho.




Joumana busca um equilibrio entre as várias facetas femininas, uma luta que muitas mulheres hoje em dia perderem, ou por se esquecerem de ser mulher ao assumirem um jeito e arquétipo masculino, ou aquelas que sucumbem à ditadura do corpo, se privando de saborear um prato sem culpa, e se ocupando de lerem amontoados de dietas "seca rápido" ao invés de ler um livro que alimente a sua mente, morrendo de fome de algo mais sustentável. 

Mas podemos dizer que existe um vazio existencial hoje em dia em homens e mulheres, e não é difícil percerber isso, por exemplo, através das redes sociais, onde a pessoa descreve detalhes inúteis de sua vida buscando uma companhia do outro lado da tela. Muita gente não consegue ficar sem o celular 1h, precisa atender tudo...até no banheiro, e nos finais de semana em casa se sente uma alma penada pois não tem hobbies ou uma atividade da qual se ocupe e goste. Um vazio só...



joumana fala que ser mulher é ter controle de sua vida sem deixar que outros te digam como voce dever ser antes de voce saber quem é e como vai expressar isto, para o mundo e si mesma.

E também fala da questão de apoio incondicional por ser mulher como algo absurdo, sem avaliar a qualidade do que está sendo apresentado, uma armadilha de uma feminilidade deturpada por ocupação sem responsabilidade, o que concordo, nada mais triste...

E também não podemos deixar de falar dos clichês femininos deploráveis, que mulheres engolem sem por um instante reavaliar, e depois temos que ouvir os debates ridículos sobre os planetas que homens e mulheres ocupam. somos invadidas por clichês sobre a cor de meninos, cor de meninas, brincadeiras, regras, crises dos 30, 40, idade da loba, etc. um monte de besteira que não dizem quem voce é, só ocupam as lacunas da sua personalidade imcompleta, um vazio que o outdoor diz que voce pode preencher com um perfume, um sapato e infelizmente muitas acreditam...

Há também o problema do pensamento hegemônico feminino, tudo para as mulheres!!!, tão terrível à nossa caminhada social quanto uma mulher que ensina ao seus filhos o seu lugar em sociedade, como homem voce pode tudo, e como mulher voce não deve exigir nada, contente-se com o que conseguir... Como lidar e combater estas armadilhas psicológicas montadas por essas mulheres em "atitude opressora" em todos os campos sociais?

Joumana fala então do problema universal que sofremos em relação à nossa identidade feminina, do medo de rompermos os clichês femininos e ir além...




Acho que poderíamos começar a lidar melhor com o mundo seriamente se abolíssemos a maldita frase "em pleno século XXI", pois ela não significa nada diante de uma avaliação simples da história do mundo, e do conseguimos até hoje. Há quanto tempo votamos como cidadãos e mulheres??? Apartheid? Facismo? Ditadura? a Lei Maria da Penha é seguida em sua intregalidade??? Existe um respeito real à mulher que diz "não" há quanto tempo??
Temos muitos problemas onde o raio do sec. XXI não diz nada!!!!!



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