terça-feira, 13 de setembro de 2011
Ma liberté de danser
Por Lalitha
Quem conhece meus outros blogs (é só ver aí do lado rsrsrsrs) sabe que sou viciada em livros. Viciada em níveis quase doentios. Mas de vez em quando esse vício rende frutos excepcionais, e um exemplo disso é o livro da bailarina egípcia Dina, que foi lançado esse ano na França.
Você leu certo, a musa inspiradora de muitas bailarinas no mundo inteiro lançou um livro! Auto biográfico! Com ajuda de uma repórter francesa, claro, também não é para tanto.
Fiquei namorando o bendito livro por um mês na Amazon francesa, até chegar a conclusão que não dava para não comprar, e aí arranjei uma bela desculpa para comprar 20 livros (divididos entre a Amazon americana e francesa, veja bem), desses a maioria fala sobre a dança do ventre ou sobre o mundo árabe... mundo civilizado é outra coisa!
Pois bem, o livro da Dina é MUITO LEGAL! Além de ser escrito na primeira pessoa, com ela contando para você como foi a vida dela até hoje, inclui impressões de primeira mão sobre como a relação do povo egípcio com a dança do ventre foi mudando nos últimos 20, 30 anos. Em outras palavras, ainda por cima é uma bela aula de história e de cultura! Podia pedir mais?
Então, como o livro por enquanto só está disponível em francês (mais fresquinho do que isso impossível!!!!), vou dar uma ideia do que vocês podem encontrar na história da Dina, mas sem spoiler, porque acho sacanagem. Ela passa por todos os momentos marcantes da sua própria vida, o que é bem interessante, afinal todas querem saber como foi que ela começou a dançar, não é? Onde ela aprendeu, com quem, se teve problemas com a família por conta da sua escolha... está tudo lá! De quebra ela descreve como é o seu dia a dia de diva no Egito! Uma ralação só... fiquei impressionada. Passa pelo nascimento do filho dela (a descrição do parto é ótima! Melhor propaganda da dança do ventre que já li), pelos casamentos mais importantes (inclusive a morte de um marido) e pelo escândalo em que ela foi envolvida e que aqui no Brasil quase ninguém ouviu falar.
De lambuja, ela comenta e explica porque nos vídeos antigos você vê todas as mulheres assistindo aos shows de dança do ventre descobertas, usando decote e cabelos da moda (da época, pelo amor de deus, o que é aquilo!), mas nos vídeos mais contemporâneos você conta nos dedos (isso quando você encontra) as mulheres que não estão usando véu. Pura aula de história e antropologia!
Mas nem tudo é perfeito... nem o livro da Dina. Primeira coisa que você nota é o subtítulo "la dernière danseuse d'Egypte" (a última bailarina do Egito), que é no mínimo um escândalo quando você tem a Randa dançando pelo mundo inteiro e com show fixo no Nile Maxime (se não me engano... posso estar errada, mas essa foi a última informação que tive). Mas é a Dina, né? É DIVA. Mas ela não fala da Randa em momento algum do livro... só de bailarinas mais antigas. Tudo bem, não conheço mais nenhuma bailarina egípcia em atividade hoje que não seja Dina ou Randa, seria compreensível que as duas disputassem uma com a outra, né? O que nem sei se é o caso, mas suspeito por razões óbvias.
Outra falha, se você procura a versão das egípcias para a origem da dança do ventre, ou sobre os movimentos e técnicas egípcios, ainda não é aqui que você vai encontrar :-( achei uma pena. Podiam ter aproveitado, né?
Outra coisa que faz falta: FOTOS. Só tem a da capa snif snif snif...
Mas ainda é leitura obrigatória! Recomendadíssimo!
Quem conhece meus outros blogs (é só ver aí do lado rsrsrsrs) sabe que sou viciada em livros. Viciada em níveis quase doentios. Mas de vez em quando esse vício rende frutos excepcionais, e um exemplo disso é o livro da bailarina egípcia Dina, que foi lançado esse ano na França.
Você leu certo, a musa inspiradora de muitas bailarinas no mundo inteiro lançou um livro! Auto biográfico! Com ajuda de uma repórter francesa, claro, também não é para tanto.
Fiquei namorando o bendito livro por um mês na Amazon francesa, até chegar a conclusão que não dava para não comprar, e aí arranjei uma bela desculpa para comprar 20 livros (divididos entre a Amazon americana e francesa, veja bem), desses a maioria fala sobre a dança do ventre ou sobre o mundo árabe... mundo civilizado é outra coisa!
Pois bem, o livro da Dina é MUITO LEGAL! Além de ser escrito na primeira pessoa, com ela contando para você como foi a vida dela até hoje, inclui impressões de primeira mão sobre como a relação do povo egípcio com a dança do ventre foi mudando nos últimos 20, 30 anos. Em outras palavras, ainda por cima é uma bela aula de história e de cultura! Podia pedir mais?
Então, como o livro por enquanto só está disponível em francês (mais fresquinho do que isso impossível!!!!), vou dar uma ideia do que vocês podem encontrar na história da Dina, mas sem spoiler, porque acho sacanagem. Ela passa por todos os momentos marcantes da sua própria vida, o que é bem interessante, afinal todas querem saber como foi que ela começou a dançar, não é? Onde ela aprendeu, com quem, se teve problemas com a família por conta da sua escolha... está tudo lá! De quebra ela descreve como é o seu dia a dia de diva no Egito! Uma ralação só... fiquei impressionada. Passa pelo nascimento do filho dela (a descrição do parto é ótima! Melhor propaganda da dança do ventre que já li), pelos casamentos mais importantes (inclusive a morte de um marido) e pelo escândalo em que ela foi envolvida e que aqui no Brasil quase ninguém ouviu falar.
De lambuja, ela comenta e explica porque nos vídeos antigos você vê todas as mulheres assistindo aos shows de dança do ventre descobertas, usando decote e cabelos da moda (da época, pelo amor de deus, o que é aquilo!), mas nos vídeos mais contemporâneos você conta nos dedos (isso quando você encontra) as mulheres que não estão usando véu. Pura aula de história e antropologia!
Mas nem tudo é perfeito... nem o livro da Dina. Primeira coisa que você nota é o subtítulo "la dernière danseuse d'Egypte" (a última bailarina do Egito), que é no mínimo um escândalo quando você tem a Randa dançando pelo mundo inteiro e com show fixo no Nile Maxime (se não me engano... posso estar errada, mas essa foi a última informação que tive). Mas é a Dina, né? É DIVA. Mas ela não fala da Randa em momento algum do livro... só de bailarinas mais antigas. Tudo bem, não conheço mais nenhuma bailarina egípcia em atividade hoje que não seja Dina ou Randa, seria compreensível que as duas disputassem uma com a outra, né? O que nem sei se é o caso, mas suspeito por razões óbvias.
Outra falha, se você procura a versão das egípcias para a origem da dança do ventre, ou sobre os movimentos e técnicas egípcios, ainda não é aqui que você vai encontrar :-( achei uma pena. Podiam ter aproveitado, né?
Outra coisa que faz falta: FOTOS. Só tem a da capa snif snif snif...
Mas ainda é leitura obrigatória! Recomendadíssimo!
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