Eita que
post inspirado, há dias penso nele, mas resolvi escrevê-lo só quando fosse o
momento de escrevê-lo, parece confuso? Muito viajante? Até que não, pois em
cada momento que acreditamos que queremos escrever sobre algo, escrevemos
várias coisas e quando você vê, a idéia não saiu, então não era a hora dela,
mas foi a hora de vários outras elucidações e tentativas do que pretendo no workshop de Tarab dia 11 de novembro de 2012 no
Glamour do Oriente.
Arte
- Meu prato predileto...
A
maturidade de uma Arte não se mede pelo tempo de trabalho,
mas sim
pelo tempo da entrega, seus sentimentos são o licor,
ou o
bombom, ou o bolinho desejado pelos ouvintes, sim...ouvintes.
Para
além da música ouvida, eles querem provar o som,
a
expressão do seu corpo é comparável à sua receita favorita,
os
ingredientes estão postos, mas o seu toque pessoal é a "liga",
e o
forno é a mescla dos seus movimentos e emoções
”Bem no ponto” – eis a resposta dos presentes.
”Bem no ponto” – eis a resposta dos presentes.
Ao final
da apresentação, um desejo saboroso, quero mais...
O prato
preferido dos Deuses está posto e foi degustado...
Intenso
sabor, suave toque pessoal e um hummmmmmm
Que pezinho lindo!!! |
Nossa... Que delícia incomparável.
Assim é
a Dança, Dança que é Arte
Assim é
a Arte, Arte que é extase
Assim é
o Extase, Delírio consciente do amor,
E enfim
o Amor, o tudo que posso e não posso explicar,
Só te
mostrar, pois dançando sei mais do que sei pensando.
Autora -
Lu Ain-Zaila
Primeiramente quero agradecer à Shahar Radyny esta espevitada libanesa/nordestina, a oportunidade de me possibilitar expressar como vejo a Dança do Ventre, e como a sinto num nível que só a entrega à Arte pode possibilitar.
Se eu
voltasse no tempo e encontrasse a Lu de 10 anos atrás e dissesse à ela o que
fizemos de incrível nestes últimos 4 anos de vida, ela me olharia com um certo
espanto e me chamaria de doida, pois a gente tenta escrever uma linha de vida e
aí... Sonhos com aparente sustento caem, sonhos não lapidados afloram, o mundo
gira e aí você para e olha aquela foto de 4 anos atrás e pensa, nossa, mudou!
Pois é,
hoje peguei uma foto minha antiga e contei aquela Lu o que fizemos nos últimos
4 anos, coisas incríveis: decidimos dançar, explorar, viajamos sozinha pelo
mundo (2x, até agora...), exploramos a caminhada inusitada, conhecemos pessoas,
fomos livres como nunca antes pelo mundo, e até andamos no deserto, Uau
gente... Essa experiência de andar no deserto, mesmo que seja um mais
urbanizado como foi o trecho que andei em Israel em 2012 foi uma experiência
intensa, e no caminho vários outros doidos que nem imaginei que iria encontrar,
mas os encontrei, todos com um aceno e um sorriso no rosto debaixo de uma
tremendo sol, mas felizes, curioso não??? Sem contar a mescla de sensações e
uma certa dose de loucura que me levaram ao evento Eilat Festival/Israel
em 2012, sem igual...e claro, as Ramblas de Barcelona que são curiosamente
lindas, andei muitoooo.
O
difícil sobre descrever um sentimento, um momento é encontrar as palavras, por
vezes me pego tentando num movimento de mãos captar as palavras, ver se elas
saltam à cabeça, mas nem sempre acontece e aí voce precisa detalhar e comparar
vários momentos e situações a fim de conseguir ter êxito nesta jornada de falar
sobre algo já supostamente descrito, e por vezes difícil de expressar.
Uma das
formais mais difíceis de expressar a Arte é dançando, acredito eu... Pois voce,
seu corpo e mente estão expostos, só a sinceridade do seu movimento e da sua
expressão são capaz de demonstrar sua Arte, não adianta os estudos, as
técnicas, os movimentos precisos, nada disso adianta se a sinceridade do seu
rosto em harmonia com o seu movimento não dizem nada sobre o que está posto
ali, a sua Dança, a sua Arte.
Uma
coisa que aprendi nestas duas viagens, comentários e debates na net, vários
videos assistidos e inúmeros artigos de bailarinas estrangeiras no Egito é como
a dança delas mudou em comparação aos mesclados que aqui no Ocidente fazemos
com a desculpa da diversificação, do mais a acrescentar e que por muitas vezes
não enche os olhos, não dá leveza à alma, seja de quem dança ou de quem
assiste, não saímos tocados, só e somente com uma sensação de que faltou algo
muito importante...
Muitas
notas me chamaram a atenção sobre a dança do ventre original, não simplesmente
a de outrora, mas aquela saída do seu coração, construída numa entrega à dança
só e somente à ela, na sua essência de movimentos, onde a "liga" da
mistura da dança + corpo + sensibilidade só pode ser completa com a sua
ENTREGA, ela é a "liga", sem ela só há movimentação controlada sem
nenhuma originalidade, nenhum suspiro, e neste enredo perde a ARTE mais uma
chance de se fixar...
Nestes
estudos entendi o que significa sentir a música, não exatamente pela
compreensão do idioma, mas pela parada para "degustar" a música,
primeiramente, tudo o que se pode ouvir, sentir, e daí sem cobranças ir
construindo um movimento novo no corpo, onde os braços são vivos, sem medo de
tocar ou estarem próximos ao corpo, todo o seu corpo é vivo e ele não tem
pressa de sair fazendo movimentos, pois tudo depende do espirito da música e da
sua capacidade para se expor num nível consciente e inconsciente a fim de alcançar as nuances da música, do sentimento
que ela te apresenta, querendo Arte, desejando Arte, fazendo Arte.
Acredito
que é daí que vem a frase que muitas bailarinas no Egito usam para descrever
seu novo momento com a Dança - "Menos é mais...", no
sentido de ser uma fã do que está apresentando, a empatia com a poesia que é
uma música, e descobrir a sua própria forma de unir os movimentos da dança do
ventre de um modo todo seu... É esta "liga" que diferencia cada
bailarina grandiosa, é difícil resistir a um momento de Arte tão único e
impossível de se repetir...
Vários outros quesitos são importantes para esta imersão sincera na dança do ventre, mas escrever sobre eles não é fácil, ou tem o mesmo efeito quando vivenciado e experenciado, e esta é a proposta do workshop de Tarab. Desenvolvi um bom trabalho que mescla informação, respiração, fluidez corporal, soltura criativa, alguns movimentos bem legais egípcios, e um ambiente inusitado de imersão na dança utilizando os sentidos.
Vários outros quesitos são importantes para esta imersão sincera na dança do ventre, mas escrever sobre eles não é fácil, ou tem o mesmo efeito quando vivenciado e experenciado, e esta é a proposta do workshop de Tarab. Desenvolvi um bom trabalho que mescla informação, respiração, fluidez corporal, soltura criativa, alguns movimentos bem legais egípcios, e um ambiente inusitado de imersão na dança utilizando os sentidos.
É uma
possibilidade que teremos de viver o sentimento, tentar colocá-lo em palavras,
movimentos, e claro muita audição, pois a dança do ventre é um trabalho
interno de libertação/ liberação, a mente fica mais exposta que o corpo, a
roupa é esquecida e voce só pensa no que sente naquele momento.
Dia 11 de Novembro, esta é a data para conhecer este trabalho construído com muito estudo, dedicação e amor à dança.Venha conferir esta experiência...
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