02 novembro 2011

Luna of Cairo - Uma entrevista muito esclarecedora...

Já faz um tempo que busco ler e encontrar artigos que digam coisas importantes e reais sobre a dança do ventre, não apenas avaliações pessoais apoiadas no "eu acho", mas no que é real na dança do ventre.
Tenho buscado me conectar no facebbok à bailarinas de todo o mundo, ver videos de eventos, danças e tudo o mais até para entender o que eu quero, e o que me incomoda, e neste caminho encontrei a Luna com o seu blog Kisses from Cairo.







No seu blog ela possui muitos artigos legais com a visão de uma estrangeira no Cairo, vivendo e dançando. E descobri que recentemente que este não era o seu objetivo lá, dançar então, não, mas acabou acontecendo, e esta história voce pode ler no artigo feito pelo site -
Bellydancefinder

Este site faz entrevistas com várias bailarinas e tem muitas informações, e surgiu este artigo com a Luna falando sobre a dança do ventre, como foi o seu encontro com a dança egipcia e o que mudou na sua forma de viver a dança do ventre no Cairo.
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Luna of Cairo - My Interview with BellyDanceFinder!


A entrevista é bem legal, e ao ler, fiz a tradução livre de uma das perguntas que vai de encontro com uma pergunta que fiz à Luna sobre a dança do ventre.

Sendo assim, segue...

 
Bellydancefinder: What drives you to teach belly dancing? How long have you been teaching?
Luna: I never thought I’d want to teach belly dance until a few foreign dancers started asking me for lessons. I gave it some thought and decided I would do it. I remembered what it was like studying belly dance in the States, and feeling that somehow, my Middle Eastern dance education was incomplete. Something was missing, and many things in my dance just weren’t right. When I came to Egypt and started studying with various teachers (foreign and Egyptian), I saw a major improvement in my dance—an improvement that can only come after living in or continuously visiting and studying in Cairo. My movement vocabulary expanded, my technique drastically improved, my musicality got better, etc. I am now in a position where I can share the knowledge of my transformation with others who are in the same position I was in 3 years ago. And I think that’s important. I’ve decided to teach because I believe I can help others begin to make that same transformation I did, and I know how fulfilling that feels.

Another factor driving me to teach is that there’s so much (con)fusion in the belly dance world. With all the silly props, acrobatics and circus acts that non-Egyptians have imposed on the dance, the true essence of belly dance is in danger of being extinguished. I’m a purist, and believe that Egyptian dance in all its simplicity is much more interesting, nuanced, artistic and authentic than all of the market-driven “creations” that are currently overwhelming the dance. Not to mention, Egyptian music is so instrumentally and lyrically rich. Props like wings, trays of candles, fan veils, palm candles (to name a few) hinder one’s expression and interpretation of that richness, because they limit your range of (e)motion. One of my goals in teaching is to get my students to just dance—to drop the prop and develop their technique and musicality. Once a student reaches the point at which her technique is fluid and her musical interpretation is inspiring, she won’t feel the need to mask her dance with unnecessary props. It’s my goal to help students reach that point.

TRADUÇÃO LIVRE QUE FIZ DA RESPOSTA DE LUNA...
Luna: Eu nunca pensei “eu quero ensinar dança do ventre”, até alguns dançarinos estrangeiros começaram a me perguntar por aulas. E eu pensei a respeito e decidi que iria fazê-lo. Lembrei-me de como foi estudar dança do ventre nos Estados Unidos (idéia da frase:referente ao processo de estudo), e sentir que de alguma forma, minha dança (ensino da dança) estava incompleta. Algo estava faltando, e muitas coisas na minha dança não tinham razão.

Quando eu vim para o Egito e comecei a estudar com vários professores (estrangeiros e egípcios), vi uma grande melhoria na minha dança – algo que ocorre depois de viver, visitar e/ou estudar no Cairo.
Meu vocabulário de movimentos se expandiu, minha técnica melhorou drasticamente, a minha musicalidade ficou melhor, etc. Estou agora em uma posição onde eu posso  compartilhar o conhecimento de minha transformação com outros que estão na mesma posição eu estava há três anos atrás, e eu acho que é importante.
Decidi ensinar, porque acredito que posso ajudar outros a fazer essa mesma transformação que fiz.

Outro fator que me fez ensinar é que há tanta (con)fusão no mundo da dança do ventre (referência à ocidental). Com todos os adereços, acrobacias e atos de circo não egípcios (nada oriental) que impuseram sobre a dança, a verdadeira essência da dança do ventre estava em perigo de extinção.

Eu sou uma purista, e acredito que a dança egípcia em toda a sua simplicidade é muito mais interessante, sutil, artística e autêntica do que todos os market-driven "criações" que estão oprimindo a dança. (market-driven é a idéia de adaptação, fru-frus p/ o mercado)
. Sem mencionar, que a música egípcia é tão instrumentalmente e liricamente rica. Adereços como asas, bandejas de velas, fan veil, velas de palma (para citar alguns) dificultam uma expressão e interpretação desta riqueza, porque limitam o seu leque de emoções e movimentos (“(e)motion” – traduzi como emoção e movimentos, a junção do (e) dá o duplo sentido).

Um dos meus objetivos no ensino da dança é fazer com que meus alunos se soltem – não connsegui traduzir o “prop” - e desenvolvam a sua técnica e musicalidade. Uma vez que o aluno atinja o ponto em que sua técnica é fluida e sua interpretação musical é inspiradora, ela não vai sentir a necessidade de mascarar a sua dança com adereços desnecessários.
É meu objetivo de ajudar os alunos a chegar a esse ponto.





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